quinta-feira, 8 de abril de 2010

Você se sente livre?

Você se sente livre? Livre do DOPS? Livre da escravidão? Livre do racismo? Quero dizer que não importa como você se sente. A questão é: nós somos livres? As falsas sensações de liberdade só tornam a realidade, injusta e desigual, ainda mais cruel. E quão vastas são as estratégias que nos levam à sensação de liberdade. Liberdade de escolha. Liberdade de imprensa. Liberdade de expressão. Liberdade de crença. Liberdade de pensamento. Liberdade de crítica. Liberdade de docência. Liberdade de reunião. Mas se pararmos para pensar por mais um minuto, será que nossa sensação de liberdade pode ser desconstruída pelas diferentes restrições e/ou coações às quais somos submetidos todos os dias? Se quiser (ou puder), deixe comentários compartilhando quais...
Você é livre para ser você mesmo/a? Quando é prudente usar a voz ou deixar que saibam que você tem uma? E quando é tolice? O blog é um canal de voz? Você acha arriscado que tantos dos seus EUS se reúnam em um só lugar de enunciação onde TODOS conheçam seus OUTROS EUS ocultos? Quais são os limites sociais de quem se expõe sem reservas? Aliás, é possível uma exposição total/completa/absoluta?

Dormi pensando nisso, logo após assistir ao filme Os Desafinados na Tv, ontem à noite. Não consegui assistir no cinema, em 2008 (acho), por falta de grana. Então briguei com o sono para não perder a oportunidade de assistí-lo na Tv aberta. É um desses filmes brasileiros gostosos de assistir e com uma crítica política bemmmmm ao fundo. Mas qualquer coisa me faz pensar. E o que mexeu comigo, nesse filme, foi a morte do personagem Joaquim, interpretado por Rodrigo Santoro. Não há nada de mais, assista se quiser. Mas isso me inquietou porque eu quero ter memória. Eu quero conhecer a história. E, então, saber o que interrogar, como sugere meu "parceiro" teórico Homi Bhabha.

4 comentários:

  1. Vou pegar o filme no vídeo, fiquei curiosa com as suas indagações. Se eu me sinto livre? Na minha crença a verdadeira liberdade está em nosso encontro com Deus, após a passagem por essa vida material. Acho que a medida que vamos renascendo e aprendendo com as nossas reencarnações vamos cada vez mais nos sentindo livres e cada vez mais próximos do amor verdadeiro, que é o amor de Deus. Um bj no seu coração! Tô adorando o blog!

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  2. Ninguém conhece todos seus eus, taí um risco que ninguém corre!!!
    bjcas

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  3. Pois é. Enquanto eu escrevia esse post, só pensava na única liberdade real e total: a liberdade proveniente de Deus. Concordo que ninguém conhece todos os seus eus, mas a indagação não deixa de movimentar as "novas certezas", como "identidades não são fixas" e "interculturalidade efetiva". Ouso questionar isso também, porque continuo em movimento. Os referenciais teóricos que uso e usam também são contingentes, não importa o quão convincentes sejam para um ou outros.

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  4. Vi o filme e tb me senti mal com a morte de Quim, como diria sua esposa e amante!Mas, não havia pensado nesse sentido do seu texto que me levou a uma outra reflexão...ainda em construção...
    SObre liberdade eu "sempre"(na faculdade) tivo claro em minha mente que não somos livres, na verdade aprendi isso nas aulas da Siomara Borba. Tinha a impressão que todos aqui decidiam e participavam de tudo, diferentemente da praça grega aquela que todos nós conhecemos...enfim, as aulas de filosofia me leveram a perceber que vivemos em uma ilusão social e cultura. Talvez resida aí o papel do pesquisador de desvelar esses processos ocultos, como diria o Bourdieu!

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